sábado, 27 de agosto de 2011

A descoberta do Elemento Silício



O silício elementar foi preparado pela primeira vez por Berzelius, em 1823, que colocou tetraflureto de silício na presença de potássio aquecido. Pensa-se, contudo, que Gay-Lussc e Thenard já haviam tentado obter o silício amorfo pelo mesmo método, em 1809. O que Berzelius conseguiu foi um produto mais puro, resultante de filtragens prolongadas. Também preparou silício a partir da reacção de fluorsilicatos de potássio com o próprio poássio.
Na sua forma cristalina, o silício só viria a ser preparado por Deville, em 1854, através da electrólise de cloreto de sódio-alumínio impuro com cerca de 10 % de silício. Já no princípio deste século (1907), Potter estudou a interação da sílica com o carbono, que serviu de base ao processo de obtenção de silício para fins comerciais durante quase todo o século XX.
O silício elementar é preparado comercialmente pelo aquecimento de dióxido de silício com carvão de coque em fornalhas eléctricas. Para se obter silício monocristalino recorre-se ao método de Czochralski que consiste em introduzir uma semente cristalina em silício fundido, baixando então lentamente a temperatura para que se dê a cristalização.
O vidro comum utilizado para fazer janelas ou garrafas é, na sua maior parte, sílica (75 %), sendo os restantes 25 % uma mistura de Na2O (15 %), CaO (8 %) e Al2O3 (2,7 %). Por vezes introduzem-se no vidro algumas "impurezas", como compostos de boro, para aumentar a resistência ao calor dando origem ao que vulgarmente é conhecido como Pyrex.



Curiosidades

                                                   Ação Biológica

Encontra-se sílica em quase todos os organismos vivos. É possível que o silício tenha desempenhado um papel importante, ou mesmo indispensável, no aparecimento da vida da Terra. O padrão de deposição de sílica nas plantas é biologicamente específico sendo possível identificar as plantas pelo exame microscópico das partículas de sílica. Por vezes a presença de sílica parece indiciar uma maior resistência da planta a diversas doenças ou insectos. As folhas das urtigas, por exemplo, estão revestidas de milhares de microcristais de silício.
Os tecidos humanos contêm normalmente 6 a 90 mg de sílica por 100 gramas de tecido muscular; no entanto, esta percentagem varia muito com a idade. Os pulmões têm cerca de 10 mg na infância e podem chegar às 2000 mg por 100 g de tecido na velhice.
Certas profissões, onde as pessoas estão mais expostas a poeiras ricas em silício, como os mineiros, pedreiros ou os oleiros, podem provocar doenças pulmonares graves como a silicose, porém isso não se aplica a usuários deste site.

Silício em seu estado natural.
























Vale do Silício .






4 comentários:

  1. Eu não sabia da existência de tal doença, a silicose, acho que tem que ficar exposta a uma GRANDE quantidade de tal elemento para desenvolver essa doença, já que em plantas e mesmo em nosso organismo (pulmão) nós temos uma boa quantidade de Silício
    Carol - n07

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  2. Pude compreender a importância do Silício no meio em que vivemos, e agora eu sei que ele está presente em quase todos os organismos vivos, que existe de 6 a 90 mg de Silício para cada 100 g de tecido muscular, do tecido humano... É interessante parar e pensar que os pedreiros, mineiros ou oleiros estão exercendo um serviço que tem muito contado com a poeira rica em Silício, e correm o risco de desencadear uma doença pulmonar.
    Temos que tomar cuidado, e alertar as pessoas que tem esse tipo te trabalho, para que não venha ter problemas de saúde futuramente.

    Deuseny Caetano 2° EM

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  3. Hoje os elementos químicos são estudados com o intuito de se tornar algo lucrativo e não há exemplo melhor que o Silício, elemento MUITO utilizado na indústria tecnológica. O fato curioso é que tudo considerado importante está dentro de nós e não nos damos conta disso.

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  4. O silício é muito utilizado em tecnologia, principalmente na computação. O artigo ficou muito bem escrito, com fácil entendimento e grande trabalho nas imagens.

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